O mercado pet cresce sem parar no Brasil, a ponto de estabelecer o país em terceiro lugar no ranking global de faturamento. Só em 2023, o segmento movimentou quase R$ 70 bilhões – o equivalente a 4,95% de todo o faturamento mundial. Apenas os Estados Unidos, com 44% das receitas do setor, e a China, com 9%, estão à frente do mercado brasileiro. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Para Simone Cordeiro, da Au!Happy, plano de saúde voltado para pets, a performance do setor é uma junção de circunstâncias positivas. “O mercado de pets segue rigorosamente uma lógica de mercado bastante positiva. Existe uma forte demanda dos tutores de gastar com seus animais de estimação, e isso gera um crescimento robusto das empresas, que investem em ideias criativas para a oferta de novos produtos e serviços”, analisa.
O resultado, segundo ela, é o surgimento de planos de saúde, redes hoteleiras, sorveterias, academias e nutricionistas para cães e gatos. “Esse tipo de produto não surge necessariamente de uma demanda anunciada pelo consumidor, mas de uma posição de espera diante das novidades do mercado. O que for bom pra valer, ele vai consumir com facilidade, porque está disposto a gastar mais em favor do seu pet”, sustenta Simone Cordeiro.
Ela ressalta ainda outro fator que beneficia o mercado de pet: o crescimento populacional desses animais. No Brasil, essa população de animais de estimação chega a cerca de 168 milhões, segundo dados da Euromonitor, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Em 2022, havia 68 milhões de cães, 42 milhões de aves, 34 milhões de gatos, 22 milhões de peixes ornamentais e 2 milhões de coelhos e roedores.
“À medida em que essa população de animais de estimação cresce, também tende a haver um crescimento do faturamento do setor. Mas é importante destacar que não é um consumo fácil. As novidades são muitas, e isso exige que as empresas também estejam preparadas para atender às expectativas dos tutores”, ressalta.
Planos de saúde adequados
A preocupação da diretora-comercial da Au!Happy não ocorre por acaso. El explica que a empresa investe fortemente não apenas na expansão da rede de atendimento, mas na qualificação do serviço prestado aos pets. “Os planos de saúde devem ser totalmente adequados às necessidades do pet. Quando se trata de saúde, não se pode errar. Não é como comprar uma ração e, se o animal não gostar, o tutor troca por outra. O atendimento clínico aos pets deve ser impecável, e o plano de saúde deve assegurar isso o tempo todo”, sustenta.
Por isso, Simone Cordeiro argumenta que o dono de pet não deve observar somente o custo mensal do plano, mas a cobertura clínica e vacinal, o período de carência e os procedimentos previstos em contrato. “É importante que o tutor sinta que o plano dele é completo, e que, nos momentos mais delicados da saúde do pet, o plano de saúde vai prestar todo o auxílio. Se o plano atender a esses requisitos, ponto para a empresa”, conclui.